Jornal 47
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Após o agravamento da crise financeira no final de 2008 e os consequentes impactos nos índices econômicos de nosso país, o presidente da mineradora Vale do Rio Doce sustentou a necessidade de “medidas de exceção” para enfrentar a crise. Tais medidas consistiriam na flexibilização temporária da legislação trabalhista, como meio de evitar demissões. Em seguida, como que a dar o exemplo, a empresa anunciou a dispensa de 1,3 mil trabalhadores. As organizações sindicais dos trabalhadores ensaiaram uma resistência que vacilou entre o constrangimento e a falta de entusiasmo, para, em seguida, firmarem acordos coletivos nos quais foram aceitas a redução de jornada e a suspensão contratual. A AJD sustenta que somente com o respeito aos direitos fundamentais, em especial os de natureza social, é que haverá consolidação da democracia em nosso país, de modo que devem ser rejeitadas com veemência quaisquer propostas que colocam a busca e a manutenção do lucro à frente da dignidade da pessoa humana.