AJD defende que reforma da Previdência privilegia sistema financeiro e impõe perdas a trabalhadores

Do blog do jornalista Helcio Zolini (R7) publicado em 27/03;2017

A Associação Juízes para a Democracia (AJD) criticou duramente nesta segunda-feira (27), por meio de nota pública, a reforma da Previdência elaborada pelo governo de Michel Temer (PMDB) e defendeu sua não aprovação pelo Congresso Nacional.

Para a entidade, o modelo proposto "privilegia tão-somente o sistema financeiro que opera os fundos de aposentadoria privada, em detrimento daqueles que só contam com a própria força de trabalho para sustentar a si e a sua família e que só se socorrem da Previdência Social pública nos momentos de doença, incapacidade, ausência ou idade avançada".

A AJD entende que "não é razoável a realização de alterações tão contundentes, como as oficialmente propostas, sem que, antes, seja efetuada uma minuciosa investigação em todo o sistema previdenciário e de assistência social da União."

A Associação afirma também que a exclusão de servidores públicos estaduais e municipais da reforma da Previdência é uma "verdadeira armadilha" que divide a resistência da sociedade civil ao projeto em debate e, em um segundo momento, submete a categoria à pressão do governo federal sobre estados e municípios, normalmente dependentes de verbas oriundas da União".