Ex-reitor Luiz Carlos Cancellier recebe homenagem na UFPR
Imagem: UFSC Ocorreu nesta segunda-feira (7), na Universidade Federal do Paraná (UFPR), uma homenagem a Luiz Carlos Cancellier de Olivo, ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O evento contou com uma apresentação da peça “A Dor da Gente não sai no Jornal”, um monólogo sobre a história do reitor. Após a dramatização, aconteceu uma palestra com a participação de Manoel Caetano Filho (UFPR), Ana Júlia (Deputada Estadual PT-PR) e Jacson Zilio (Promotor do MP-PR). Em 2017, Cancellier foi vítima de uma injustiça brutal: acusado sem provas, proibido de pisar na universidade que dirigia e perseguido por um sistema que esqueceu o que é justiça. Pouco tempo depois, ele tirou a própria vida. A Associação Juízas e Juízes para a Democracia (AJD) saudou à iniciativa com uma mensagem: “A AJD, parceira na luta contra injustiças, perseguições, processos sem direito a defesa e condenação midiática sem julgamento justo, cumprimenta o Instituto Memória, Legalidade e Justiça e Museu da Lava Jato, organizadores do evento realizado no dia 07 de abril de 2023, Salão Nobre da Universidade Federal do Paraná-UFPR, pela apresentação da peça ‘A Dor Da Gente Não Sai No Jornal’, cumprindo o papel de resgate da democracia que queremos. Trata-se de emocionante registro da história de Luiz Carlos Cancellier de Olivo, Cau, ex-Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC, perseguido por abuso de Poderes instituídos."
Nota de pesar por Valdirzão e Guege, assassinados no assentamento Olga Benário do MST
Com tristeza e indignação, a Associação Juízas e Juízes para a Democracia (AJD) manifesta seu pesar e sua solidariedade às famílias de Valdir do Nascimento de Jesus, de 52 anos (Conhecido como Valdirzão), e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos (Também conhecido como Guegue), vítimas de um atentado ocorrido na noite de ontem, 10 de janeiro, no assentamento do MST Olga Benário, em Tremembé (SP). O atentado criminoso que lhes ceifou a vida feriu outras seis pessoas e representa mais um inaceitável episódio de violência e banditismo, alimentado pelo discurso de ódio e pela violência neofascista presente em segmentos da sociedade brasileira e amplamente propagados nas mídias sociais. A responsabilização penal e civil dos autores e mandantes, embora imprescindível, não é suficiente para superar o estado de conflagração social, no campo e na cidade, fomentado ideologicamente por forças retrógradas. O Brasil precisa se reencontrar com a paz, na perspectiva da construção de uma sociedade fraterna e igualitária, em que a efetivação da reforma agrária seja imperativa, em cumprimento aos princípios e desígnios estabelecidos na Constituição da República.
Em defesa dos Guarani em Guaíra e Terra Roxa
É inaceitável a violência contra comunidades indígenas nos Municípios de Guaíra e Terra Roxa no Paraná, entre outros tantos no Brasil. Inaceitáveis disparos de armas de fogo, indígenas com ferimentos a bala, incluindo crianças, incêndio de habitações, alimentos e plantações para a preservação de uso de terras por não indígenas visando precípua e exclusivamente desenvolvimento econômico dissociado do social, a ser buscado mediante diálogo pacífico, sem discriminação, com participação de todas e todos os envolvidos e com respeito à diversidade. Inaceitável a não conclusão sobre autoria de tamanha covardia, com tantos inquéritos policiais arquivados. Inaceitável a não responsabilização das pessoas que tem praticado tais crimes.A Associação Juízas e Juízes para a Democracia clama às autoridades públicas deste país, em especial aos Poderes Constituídos do Estado do Paraná e dos Municípios de Guaíra e de Terra Roxa a imediata aplicação da Convenção 169 da OIT e da Constituição Federal (art.231), mediante ações imediatas para salvaguardar a vida, a integridade física e o meio ambiente que os indígenas ocupam e, a longo prazo, medidas que assegurem aos indígenas a escolha, por eles, de suas prioridades, de como querem viver, crenças e tradições, de modo que não mais se repitam as práticas colonizadoras que ainda hoje insistem em aparecer no âmbito das relações públicas e privadas.